OAB/AM realiza audiência Pública para debater publicidade infantil

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Uma audiência pública vai debater os riscos da publicidade voltada as crianças. O anúncio foi feito nesta terça-feira (17), no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Amazonas, durante o lançamento da campanha “Por uma infância livre da publicidade comercial”, que tem por objetivo alertar a sociedade quanto aos efeitos da publicidade voltadas as crianças, tais como: o estresse familiar, obesidade, erotização infantil e supervalorização de objetos materiais.

A audiência pública acontece no dia 10 de novembro, no auditório da OAB/AM, e sera coordenada pela Comissão de Defesa do Consumidor com o apoio da Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente e Comissão da Mulher Advogada. Entidades como o Conselho Tutelar e Ministério Público devem fomentar a discussão.

De acordo com o presidente da OAB/AM, Marco Aurélio Choy, a iniciativa busca sensibilizar pais, responsáveis e sociedade, quanto a hipervulnerabilidade do público infantil. “Atualmente as empresas investem de forma excessiva na publicidade infantil, o que acarreta uma série de problemas dentro e fora do âmbito familiar, e por isso precisamos discutir e proteger as nossas crianças, bem como delimitar a forma como esta informação chega aos nossos pequenos que absorvam de forma inconsciente esta propaganda comercial e acaba por se tornar um consumidor”, disse.

Segundo Marco Salum, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB-AM, as consequências do consumismo na infância são graves. “Nossa preocupação é voltada a família que muita das vezes acaba por ser refém desse consumo, ao ir a shoppings ou supermercados, por exemplo. Outro ponto a ser enfatizado deve-se a preocupação em consumir sem ser orientado, de forma indevida e distorcida, traz um prejuízo muito grande. Publicidade infantil deve respeitar os direitos do consumidor e da criança”, lembrou.

Thandra Sena, presidente da Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente, falou do consumismo entre os adolescentes. “Nós lidamos cotidianamente com casos de adolescente que impõe suas vontades aos pais, tudo por conta dessa publicidade excessiva, os pais precisam entender o limite entre pedir um presente e exigir um objeto, e por isso esta campanha se faz importante nos dias de hoje”, destacou.

A presidente da Comissão da Mulher Advogada, lembrou que a campanha traz a possibilidade de informar e alertar os pais quanto os riscos dessas propagandas. “A OAB abraçou essa causa por acreditar que é preciso conscientizar os pais de que esse consumo desenfreado acarreta males às crianças, que a longo prazo, poderão inclusive ter repercussões irreversíveis, para a família e para o próprio consumidor”, falou.

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