A presidente da Associação Brasileiras dos Consteladores Sistêmicos, Adhara Campos Vieira, vai ministrar a palestra “Constelação Sistêmica Familiar no Poder Judiciário”, marcada para o próximo dia 10 de agosto, das 15h às 17h, em Manaus. Adhara idealizou o projeto Constelar e Conciliar, implantado no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e vem utilizando com êxito a constelação familiar em diversas áreas como, por exemplo, no sistema socioeducativo com os adolescentes em conflito com a lei.
Conforme o TJDFT, a técnica é aplicada em uma oficina vivencial para a qual as partes dos processos são convidadas a participar de maneira voluntária. “A abordagem sistêmica ajuda a identificar conflitos escondidos por trás das demandas judiciais, por meio do esclarecimento de percepções equivocadas das relações familiares”, de acordo com o Judiciário do Distrito Federal.
“A constelação é uma técnica terapêutica breve que trabalha por meio de representações e imagens e a estamos utilizando como um recurso a mais no Tribunal de Justiça do Distrito Federal para resolução de conflitos”, explicou Adhara Campos Vieira, acrescentando que a experiência do TJDFT pode ser levada e aplicada em outros Estados.
O advogado Clynio Maurício, que está na organização do evento, destacou que 86% dos acordos fechados nas Varas de Família do TJDFT foram alcançados com a aplicação da técnica da constelação. “A palestra vai contar como essa técnica terapêutica, desenvolvida pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, foi abraçada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, através do projeto Constelar e Conciliar, e porque vem alcançando elevados índices na pacificação dos conflitos”, ressaltou Clynio Maurício.
As inscrições podem ser feitas na Escola Superior de Advocacia do Amazonas (ESA), que funciona na rua São benedito, 99, Adrianópolis, no site www.sympla.com.br ou ainda antes da palestra, no local do evento, e é destinado aos estudantes e operadores do Direito, como também bacharéis de todas as áreas do conhecimento. A atividade é realizada em parceria com a Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam), órgão do Tribunal de Justiça do Estado (TJAM), será promovido no auditório do Centro Administrativo Desembargador José Jesus Ferreira Lopes, prédio anexo à sede do Poder Judiciário, no bairro do Aleixo, zona Centro-Sul de Manaus. Outras informações, por meio do telefone (92) 99297-0707.
Workshop no dia seguinte
Além da palestra, as pessoas que tiverem interesse em se aprofundar no tema, poderão se inscrever no workshop “Constelação Sistêmica Familiar”, que será realizado no dia seguinte à palestra – sábado, 11 de agosto, no auditório da ESA. O workshop vai começar às 9h, com previsão de encerramento às 18h30.
Palestrante
Além de presidir a Associação Brasileiras dos Consteladores Sistêmicos, Adhara Campos Vieira tem formação e Direito e em Ciências Contábeis; é analista judiciária federal, mestranda em Direitos Humanos pela Universidade de Brasília e pós-graduada em Controladoria Governamental pela Faculdade OMNI. Ela também é autora do livro “A Constelação no Judiciário”.
Experiência
Esta semana foi promovida uma sessão de constelação familiar com internos da Unidade Socioeducativa de Santa Maria, cidade localizada a 26 quilômetros de Brasília (leia mais clicando aqui). De acordo com o portal do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os 150 jovens do centro de ressocialização têm em comum a ausência de estrutura familiar sólida e um histórico de conflito com a lei, envolvendo crimes que vão desde homicídio (consumados e tentados), roubo, tráfico de drogas até lesão corporal. “A figura do pai, quando existe na vida desses jovens, é a de um homem violento e agressivo com a mulher e com os filhos, num conflito que marca o comportamento, a conduta e as ações desses menores”, informa o portal.
Com objetivo de auxiliá-los a entender as circunstâncias que os levaram a transgredir a lei e ajudá-los a quebrar o círculo vicioso que os fazem reincidir no crime, a Unidade de Internação de Santa Maria tem realizado desde o ano passado sessões de constelação familiar, ainda segundo o portal do CNJ. “Por sua capacidade em solucionar atritos, a constelação familiar tem sido usada pelo Poder Judiciário em vários ramos da Justiça como nos casos das Varas de Família, de violência doméstica e no tratamento de vícios entre detentos; a técnica é utilizada por juízes brasileiros de pelo menos 16 unidades da Federação”, conforme o site do conselho.
Texto: ESMAM / TJAM