A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Amazonas, por meio da Comissão Permanente da Mulher Advogada da OAB/AM, vem a público manifestar seu mais veemente repúdio à matéria veiculada no portal Radar Amazônico, em 22 de abril de 2025, sob o título “Denúncia de estupro contra advogado compromete eleição de Giselle Pascarelli para o Quinto Constitucional”.
A publicação, marcada por viés sensacionalista e misoginia institucionalizada, não apenas promove desinformação, como também expõe, de forma irresponsável e distorcida, a imagem da advogada Giselle Falcone Medina, inscrita na OAB/AM sob o n.º 3.747, tentando vincular seu nome, carreira e integridade a fatos alheios à sua conduta.
Dentre os trechos que causam maior perplexidade, destacam-se:
• A indevida utilização do nome de seu ex-marido, tratando-a como “Giselle Pascarelli”, numa tentativa de apagamento de sua identidade profissional autônoma e independente;
• A falsa afirmação de sua candidatura ao Quinto Constitucional, quando sequer se iniciou o processo de formação da lista sêxtupla, configurando desinformação institucional e desrespeito à Corte Estadual;
• A exploração de relações interpessoais com colegas de profissão em tom insidioso, numa clara tentativa de vincular seu prestígio a tutelas masculinas, reforçando estereótipos de gênero;
• A associação indevida a uma denúncia criminal, em que a advogada não figura como parte, afrontando o princípio constitucional da presunção de inocência e expondo sua imagem de forma irresponsável.
Importante ressaltar que a Giselle Falcone Medina possui uma trajetória pública marcada por competência, ética e pioneirismo, sendo a primeira mulher a ocupar o cargo de Desembargadora do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), na vaga da advocacia, e atual Juíza Eleitoral, o que por si só representa um marco na luta pela representatividade feminina no Judiciário amazonense.
A tentativa de desqualificá-la publicamente representa não apenas uma violência contra sua pessoa, mas contra todas as mulheres que lutam por espaço e respeito em ambientes historicamente dominados por homens.
